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DOR NO COTOVELO: ENTENDA E SUPERE A EPICONDILITE

Se você está enfrentando dor no cotovelo, sabe como isso pode impactar significativamente sua vida diária. Seja segurando uma xícara de café, dando um aperto de mão ou participando de suas atividades favoritas, a dor constante pode ser frustrante e limitadora. Você não está sozinho nessa jornada. Muitas pessoas sofrem com essa condição, conhecida como epicondilite, popularmente chamada de cotovelo de tenista ou de golfista. Este guia, criado pela equipe do Dr. Fábio Lana, foi pensado para oferecer informações claras e confiáveis sobre as causas da dor no cotovelo, seus sintomas, métodos de diagnóstico e as diversas opções de tratamento disponíveis. Aqui, você encontrará o conhecimento necessário para entender melhor sua condição e tomar decisões informadas sobre o seu cuidado e recuperação. 

 

Desbravando a Dor no Cotovelo 

 

A epicondilite, mais conhecida como cotovelo de tenista, é uma condição que aflige muitas pessoas ao redor do mundo. A dor no cotovelo, resultante da epicondilite, é uma inflamação dos tendões do cotovelo, que causa dor e rigidez na região, dificultando as atividades do dia a dia. 

 

A epicondilite é dividida em dois tipos: 

 

  1. Epicondilite Lateral (Cotovelo de Tenista): esta é a forma mais comum e afeta o lado externo do cotovelo. Ocorre quando os tendões que ligam o músculo do antebraço ao lado externo do cotovelo ficam inflamados ou sofrem pequenas rupturas, geralmente devido ao uso excessivo ou repetitivo, especialmente em movimentos de torção ou extensão do pulso.

 

  1. Epicondilite Medial (Cotovelo de Golfista): afeta o lado interno do cotovelo. É menos comum do que a epicondilite lateral. Ocorre quando os tendões que conectam o músculo do antebraço ao lado interno do cotovelo são sobrecarregados, geralmente devido a movimentos de flexão repetitivos do pulso.

 

Conheça os Sintomas da Dor no Cotovelo (Epicondilite) 

 

Os sintomas da epicondilite variam dependendo se é lateral ou medial, mas existem algumas características comuns. Aqui estão os sintomas mais frequentes para cada tipo: 

 

1. Epicondilite Lateral: 

 

  – Dor ou sensibilidade no lado externo do cotovelo, que pode irradiar para o antebraço e pulso. 

  – A dor geralmente piora com atividades que envolvem segurar ou torcer, como apertar algo, usar ferramentas, ou mesmo ao dar um aperto de mão. 

  – Fraqueza no antebraço ou na mão. 

  – Dificuldade e dor ao realizar movimentos simples, como abrir uma porta ou agitar a mão. 

 

2. Epicondilite Medial: 

  – Dor ou sensibilidade no lado interno do cotovelo, que pode se estender ao longo do antebraço. 

  – A dor pode aumentar com movimentos específicos, como flexionar o pulso ou apertar os dedos. 

  – Fraqueza no antebraço. 

  – Dor ao levantar ou segurar objetos pesados. 

 

Para ambos os tipos, a dor pode se desenvolver gradualmente, sem uma lesão específica associada, e pode se tornar crônica se não tratada. É importante consultar um ortopedista para um diagnóstico correto e um plano de tratamento adequado, especialmente se os sintomas persistirem ou se agravarem. 

 

Como é Feito o Diagnóstico de Epicondilite? 

 

História Clínica: o ortopedista perguntará sobre os sintomas, atividades recentes ou quaisquer lesões que possam ter ocorrido, bem como sobre o histórico médico e ocupacional do paciente. 

 

Exame Físico: o médico examinará o cotovelo, antebraço e pulso para sensibilidade, inchaço ou deformidades. Testes específicos, como o ‘teste do cotovelo de tenista’ para a epicondilite lateral ou o ‘teste do cotovelo de golfista’ para a medial, podem ser realizados. Estes testes geralmente envolvem movimentos que reproduzem a dor ao estressar os tendões afetados. 

 

Testes de Imagem: embora o diagnóstico da epicondilite muitas vezes possa ser feito apenas com a história e exame físico, em alguns casos, testes de imagem como raios-X, ultrassonografia ou ressonância magnética (MRI) podem ser utilizados. 

 

Exame de Função do Braço e do Pulso: o ortopedista pode pedir para o paciente realizar movimentos específicos com o braço e o pulso para avaliar a força, a amplitude de movimento e a presença de dor durante esses movimentos. 

 

Descubra os Tratamentos para Dor no Cotovelo (Epicondilite) 

 

Uma vez diagnosticada, a epicondilite pode ser tratada com uma variedade de métodos, incluindo repouso, fisioterapia, medicamentos anti-inflamatórios e, em casos mais graves, procedimentos cirúrgicos. 

 

Fisioterapia: recomendada para fortalecer e alongar os músculos do antebraço. Terapias manuais e modalidades como ultrassom ou terapia a laser também podem ser úteis. 

 

ESWT/TOC Tratamentos por Onda de Choque: tratamento não cirúrgico que envolve o uso de ondas de choque para áreas musculoesqueléticas do corpo, tendões, calcificações, dores miofasciais e fraturas com retardo ou não união óssea, com o objetivo de reduzir a dor no cotovelo e promover a cicatrização dos tecidos moles afetados. 

 

Bloqueio da Dor Guiado por Ultrassonografia: procedimento realizado por meio de injeções de anestésico local, associado ou não a medicamentos, com finalidade diagnóstica, prognóstica e/ou terapêutica. Esses procedimentos aliviam a dor por meio da interrupção da via sensitiva que leva a informação da dor ao sistema nervoso central. 

 

Laserterapia: tratamento que proporciona propriedades terapêuticas importantes trófico-regenerativas, anti-inflamatórias e analgésicas. Indicado para quadros que requerem melhoria na qualidade e rapidez do processo de recuperação no pós-operatório, reparação de tecido mole, ósseo e nervoso, acelerando quadros de edema instalado e de dor crônica ou aguda. 

 

Quais os Procedimentos Cirúrgicos Recomendados para Tratar a Epicondilite? 

 

Cirurgia Aberta: este é o procedimento mais tradicional. O cirurgião faz uma incisão sobre o cotovelo para acessar e remover o tecido danificado do tendão. Em alguns casos, o tendão é reanexado ao osso. A cirurgia aberta oferece ao cirurgião uma visão direta e ampla da área afetada, mas pode resultar em um período de recuperação mais longo. 

 

Cirurgia Artroscópica: é um procedimento menos invasivo, que utiliza um artroscópio, um tubo fino e flexível equipado com uma câmera e luz. Pequenas incisões são feitas ao redor do cotovelo, e o artroscópio é inserido para guiar o cirurgião na remoção do tecido inflamado ou danificado. Esta abordagem tende a ter um tempo de recuperação mais rápido e menos dor no pós-operatório em comparação com a cirurgia aberta, devido à menor invasividade do procedimento. 

 

O papel da medicina regenerativa no tratamento da epicondilite 

 

A medicina regenerativa, que inclui tratamentos como injeções de plasma rico em plaquetas (PRP) e terapia com células-tronco, tem ganhado atenção como uma abordagem promissora no tratamento da epicondilite. Isso é especialmente verdadeiro em casos crônicos ou quando os métodos de tratamento tradicionais não foram eficazes. 

 

– Injeções de Plasma Rico em Plaquetas (PRP): o PRP é produzido a partir do sangue do próprio paciente. O sangue é centrifugado para concentrar as plaquetas, ricas em fatores de crescimento que podem promover a cicatrização dos tecidos. As injeções de PRP na área afetada podem estimular e acelerar o processo de cura. 

 

– Terapia com Células-Tronco: este campo é relativamente novo e está em constante evolução. A terapia com células-tronco envolve o uso de células-tronco (frequentemente obtidas da medula óssea do próprio paciente) para regenerar ou reparar tecidos danificados. 

 

Pacientes que consideram a medicina regenerativa para epicondilite devem discutir as opções com um médico especializado, que pode avaliar a condição específica do paciente e aconselhar sobre a melhor abordagem de tratamento, levando em conta os avanços recentes e as pesquisas na área. 

 

Se restarem dúvidas sobre dor no cotovelo (epicondilite) ou outras condições, a equipe do Dr. Fabio Lana está à disposição. Especialista em medicina regenerativa e autor de diversos artigos científicos, oferecemos atendimento especializado e baseado em evidências. 

 

Entre em contato conosco para esclarecimentos ou agendamentos. Estamos prontos para auxiliá-lo no alívio da dor. 

 

Perguntas Frequentes (FAQ) 

 

  1. A dor no cotovelo é exclusiva de atletas de tênis e golfe?

Não, a dor no cotovelo não é exclusiva de atletas de tênis e golfe. Enquanto a epicondilite lateral é comumente conhecida como “cotovelo de tenista” e a epicondilite medial como “cotovelo de golfista”, essas condições podem afetar qualquer pessoa. 

 

  1. Qual a diferença entre a dor no cotovelo lateral e medial?
  • Epicondilite Lateral: 

     – Dor ou sensibilidade no lado externo do cotovelo, podendo irradiar para o antebraço e pulso. 

     – A dor geralmente piora com atividades que envolvem segurar ou torcer. 

     – Fraqueza no antebraço ou na mão. 

     – Dificuldade e dor ao realizar movimentos simples. 

 

  • Epicondilite Medial: 

     – Dor ou sensibilidade no lado interno do cotovelo, podendo se estender ao antebraço. 

     – A dor pode aumentar com movimentos específicos, como flexionar o pulso. 

     – Fraqueza no antebraço. 

     – Dor ao levantar ou segurar objetos pesados. 

 

  1. Quanto tempo leva a recuperação da dor no cotovelo?

O tempo de recuperação da dor no cotovelo varia de pessoa para pessoa, dependendo da gravidade da condição, eficácia do tratamento, adesão ao plano de tratamento e saúde geral do indivíduo. 

 

  1. Existem exercícios específicos que ajudam na recuperação da dor no cotovelo?

Sim, existem exercícios específicos que podem ser eficazes na recuperação da dor no cotovelo. É importante realizar esses exercícios sob a orientação de um profissional da saúde. 

 

 Exercícios de Fortalecimento: 

     – Usar uma bola de tensão para fortalecer os músculos do antebraço. 

     – Flexão e extensão do pulso com um peso leve ou faixa de resistência. 

 

 Exercícios de Alongamento: 

     – Alongamento dos tendões do antebraço. 

     – Rotação do pulso. 

 

 Exercícios de Terapia de Choque: 

     – Flexões de parede modificadas para fortalecer o cotovelo.

Dr José Fábio Santos Duarte Lana

  • Graduado em Medicina com Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
  • Fellowship em Medicina Esportiva realizado em Barcelona, na Espanha.
  • Especializações em Traumatologia Desportiva, Cirurgia do Ombro e Cotovelo, Cirurgia Artroscópica e Cirurgia do Joelho.
  • Diplomado pelo American Board of Regenerative Medicine (ABRM) e Fellow pela American Academy of Regenerative Medicine (FAARM).
  • Membro ativo da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Terapia por Ondas de Choque (SBTOC).